6 de fevereiro de 2012

Crítica/Análise: A Separação

Olá Nerds e Nerdas, tudo bom? Como foi o fim de semana de vocês? O meu foi regado a pizza, a churrasco e foi terminado com um cinema.

Namorar com uma cinéfila tem suas desvantagens, isso por que ela pode fazer jus à frase “assistir literalmente filme iraniano” e, como eu não tenho poder de decisão nessa relação, fui assistir ao filme iraniano A Separação, que, por sinal, está concorrendo ao Oscar de melhor filme estrangeiro e ganhou o Urso de Ouro de melhor filme, melhor ator e melhor atriz no Festival de Berlim.

Mas antes, vamos à sinopse do filme: A Separação  conta a história da separação de Nader e Simin, um casal diferente dos que estamos acostumados a imaginar no Irã: Nader é um marido compreensivo e não machista, aceita em ceder o divórcio a Simin, que quer deixar o país junto a ele e sua filha porque não quer que a garota cresça no Irã. Porém, seu pai é um idoso que sofre de Alzheimer em estágio avançado, que necessita de seus cuidados e, por este motivo, ele não aceita deixar o país e abandoná-lo. Nader é obrigado a contratar uma diarista – sem o aval de seu marido, e grávida – para tomar conta de seu pai enquanto trabalha. Diante disso uma série de acontecimentos seguidos de problemas caem sob a família. (Fonte: Cinema 10.)

Bom, achei o filme interessante, um drama que poderia acontecer com qualquer outra pessoa, em qualquer lugar do mundo, ou seja, foi como a Sra. Delarue comentou: “o filme faz com que você possa se identificar com aquela situação, se identificar com o personagem”. Justamente por ter essa possibilidade de identificação que a Sra. Delarue ficou falando que os melhores filmes são aqueles com temas atemporais e que podem acontecer em qualquer lugar do mundo.

Na minha opinião de bosta já que não sou um cinéfilo, o filme, como disse anteriormente, é interessante e eu o recomendo pronto, agora a Sra. Delarue vai ficar buzinando no meu ouvido com frases do tipo: "Está vendo!! Só levo você para ver filmes bons, blá blá blá...", mas o que mais me chamou a atenção foi a relação com a religião em certas cenas, mas que nem é o tema principal, ficando literalmente em segundo plano.

Entretanto para os cinéfilos de plantão, ou seja os chatos para caralho após eu dar essa minha impressão sobre o filme, a Sra. Delarue quase deu um salto triplo mortal carpado e ficou me encarando com aquele olhar de “Senhor, perdoe-o, pois ele é apenas um telespectador padrão”. A partir disso, foram os 10 minutos mais longos da minha vida, pois ela ficou explicando que o filme foi dirigido muito bem, que um roteiro bom nas mãos de um diretor fraco não é relevante, que o filme tem momentos de tensão, pois você não sabe o que pode acontecer, ou seja, começou a me dar uma explicação técnica que ignorei completamente.

Mas apesar de a Sra. Delarue sempre ter arrepios de vergonha alheia quando digo que cinema, para mim, foi feito para entreter, o filme, até agora,  é o melhor que assisti no ano. Detalhe, esse foi o segundo filme que assisti no cinema em 2012.

Abraços.