28 de setembro de 2011

Rock In Rio: Chega ou dá para mais um?

Olá, Nerds e Nerdas, tudo bom? Como foi o início de semana de vocês? Espero que tudo tenha saído conforme o planejado. 

Bem, o meu fim de semana foi muito bom, depois de 49 dias, o Flamengo venceu e, de quebra, fui ao Rock In Rio assistir ao show do Metallica.

Olha, para quem esteve no Rock In Rio III: Por um Mundo Melhor, este Rock In Rio, em termos de organização é infinitamente melhor. 

Nesta edição, o que me chamou mais atenção não foi o som nem o palco, mas a logistica utilizada para chegar e sair do evento.

Caro leitor, antes de falar do show, gostaria de voltar ao tempo, precisamente 10 anos. Voltemos para o dia 19 de Janeiro de 2001. Há 10 anos atrás o que era o Rock In Rio? Um palco central, duas tendas e um terreno barroso. Sinceramente, não lembro de um local para comer (nota do Dr. House: existia um local para comer no Rock in Rio de 10 anos atrás, eu quase trabalhei nele porque precisava de dinheiro, mas fiquei com medo de tomar porrada por conta dos preços abusivos) e, o pior de tudo, a confusão na volta para casa.

Com base na experiência no passado, me preparei como se estivesse indo ao RIR de 2001, uma calça jenas desconfortável, camisa preta do Iron Maiden e um tênis velho (nota 2 do Dr. House: como se ele se vestisse de maneira diferente no dia-a-dia...). Não precisava de tudo isso. A ideia de Cidade do Rock realmente estava lá, havia uma calçada e o local do palco principal era de grama sintética, ou seja, nada de lama, meleca preta, poeira e tudo o mais que existia em 2001.

Estou fazendo Pós em Gestão do Entretenimento, como vocês sabem (nota 3 do Dr. House: Meu Vicodin de todo dia - parece o Superboy, rsrsrsrsrsrsrs!!!!), tentei analisar o máximo que pude as “novidades” e percebi que muita coisa mudou em 10 anos. Sendo repetitivo: o que realmente chamou minha atenção foi a organizção, isso relamente foi espetacular, comprovando o profissionalismo que o pessoal (nota 4 do Dr. House: os lusitanos, que fique bem claro isso!) do evento adquiriu ao longo dos anos.

Logo de cara o que encontro são asfasto e grama sintética, eliminando, assim, a possibilidade da famosa poeira, levantou poeira. Várias lojas para que o usuário tenha a experiência da marca, muitos pontos para compra de comida e bebida e muitos banheiros.

Obviamente num evento desses temos uma demanda muito grande para escoar excrementos humanos, então filas, tanto para os banheiros quanto para a compra de comida e bebida. Amigos e reportagem relataram-me sobre ficar na fila, para comprar bebidas, durante 2h. O que foi considerado um ponto negativo no evento.

Apesar desses problemas, os locais de compra e banheiros estavam muito bem posicionados e localizados, o problema maior é você pegar uma privada “batizada”, mas fazer o que né? (Nota 5 do Dr. House: assistir aos show no conforto de casa?) 

Não visitei a Rock Street, então, não posso comentar muito. Quanto aos “brinquedos” (Roda Gigante e Tiroleza) nada mais são do que atrativos para jovens que sempre buscam novidades. Claro, o evento pretende atrair o mais diverso público independente do dia, ou seja, apesar de domingo ter sido o dia do Metal (Metaaaaaaaaaallllllll!!!!!!), havia uma tenda eletrônica. Esses atrativos estão no pacote “Experiência do Rock In Rio”, uma vez que tem pessoas que querem se divertir e não necessariamente assistir ao que está acontecendo no Palco Mundo.

Agora, vamos falar do show. Antes de mais nada, gostaria de avisá-los que cheguei 19h30 na cidade do Rock. Logo, peguei o final do show do Sepultura e. apesar de ter visto pouca coisa, gostei do que vi (pelo menos, consegui assistir Roots Bloody Roots). Das bandas que eu vi de fato, Motorhead fez o básico, mas nem por isso estou depreciando sua apresentação, metal clássico, muito bem executado e com direito a uma homenagem com Going to Brazil.

Show de excelente qualidade técnica.

Não conhecia o som do Slipknot e fiquei muito impressionado com o show. Confesso que, quando cheguei em casa, resolvi ouvir sua discografia e adorei o que eu ouvi – um som forte, pesado e músicas muito críticas. O ponto alto foi a última música, Surfacing, com direito a bateria giratória em 90°. (Nota 6 do Dr. House: vale destacar também o Super-Mosh e a utilização de percussionistas de maneira relevante, com direito a solos e manutenção rítmica na ausência de um baixista - estranha e excelente escolha para mudar o basicão do Metal - Metaaaaaaaaaaaaaallllll).

A bateria giratória foi foda.

O que gostei mesmo no show do Slipknot foram as várias rodas, não que eu tenha participado, mas  porque eu consegui chegar na grade com muita facilidade (chupa garotada que gosta de se esfregar nos amiguinhos!!!!).

Depois do Slipknot, sobe ao palco a apresentação principal: Metallica. Meus amigos sabem que eu vivo metendo o pau UI!!, dizendo que eles não fazem nada desde 1990, que o Megadeth é bem melhor nesse período etc. Mas tenho que concordar que os caras têm presença de palco, o começo foi absurdo: uma sequência de hadouken de porrada, depois duas múcas do último álbum Death Magnetic (2008) e, depois, só clássicos. O ponto alto foi quando eles tocaram Fade To Black.

Melhor momento do show do Metallica.

Resultado final: melhor impossível. Então... por que esse título? Porque a idade chega, você não tem mais saúde para ficar no empurra-empurra da grade, sente fome, sede, calor, falta de ar. Fora as dores no pé, joelho e nas costas (Nota 7 do Dr. House: ichi, nosso amigo está decadente, não?).

Confesso que, em 2013, terei que ficar na área VIP, porque eu sou “Rock And Roll Bebê” ou em uma cadeira assistindo com um binóculo (Nota 8 do Dr. House: ou a gente compra um telão e faz um churrasco na casa de praia). Idade é uma merda!!!!

Abraços.

8 comentários:

  1. uma correção no post: o slipknot tinha baixista (Paul Gray) que se suicidou em 2010 acho) o que causou quase o término da banda (visto que era um dos mais queridos por todos).

    Quando voltaram a tocar ao vivo, chamaram um outro musico (do qual o nome me foge a memória) e desde então ele tem tocado com a banda, porém vestido todo de preto, sem máscara e ao lado do palco (quase no backstage) pois, segundo a banda, eles não estão prontos para oficializar outra pessoa no lugar no finado amigo.

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  2. gostei da abordagem do post Delarue.

    Fiz uma "resenha" do show: http://obailedosenxutos.wordpress.com/2011/09/26/assista-na-integra-o-show-do-metallica-no-rock-in-rio-2011/

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  3. A discografia do slipknot é muito bacana mesmo.
    O primeiro é deveras estranho creio eu pelo falta de personalidade do som.
    O IOWA é meu preferido. extremamente agressivo e com as melhores composições.
    O vol 3 já é mais "calmo" com musicas mais palatáveis para todos os gostos.

    O ALL hope is gone é dificil de ouvir.
    Por coincidencia estava ouvindo hoje e é dificil definir a sonoridade desse disco.

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  4. Alias, o encarte do IOWA é maravilhoso.
    Feito de papel vegetal (acho que é esse nome), é diferente de tudo que já vi.

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  5. Vintersorg, depois com mais calma eu procurei mais sobre a biografia da banda e descobre essas informações que você escreveu, mas desde já obrigado por nos deixar antenados.
    Abraços

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  6. podcast sobre rock in rio?

    Demorou, so chamar.

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  7. Beleza ... vamos combinar com calma então!!!

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  8. Vintersorg,

    Agradeça ao Multishow pelas informações erradas... Como sempre, eu caí no erro (e na preguiça confessa) de confiar naquela emissora que tem um padrão decadente de qualidade...

    Valeu pelas correções...

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