27 de fevereiro de 2012

Crítica/Análise: O Artista

Olá, Nerds e Nerdas, tudo bom? Agora que o carnaval acabou, podemos dizer que o país vai começar a funcionar. Será que o mesmo vai se aplicar aos membros desse blog?

Bom, no último fim de semana do feriado eu fui mais uma vez obrigado ao cinema com a Sra. Delarue assistir ao filme O Artista.

Antes de mais nada o filme é em preto e branco porra Preto e Branco??? Em pelo anos 2000!!!! e mudo PQP além de Preto e Branco é mudo???  

Graças à premiação do Oscar, grandes merdas né? que aconteceu no último domingo, que por sinal caguei posso dar graças a Deus que não precisarei ver mais filmes chamados chatos para caralho “cults” (nota do House: Sr. Delarue havia escrito "cultos", mas não existe filme "culto", o que existe é filme cultuado e, portanto, "cult"), pois agora virá a minha maratona de filmes de verdade ou acéfalos como a cinéfila, vulgo chata da Sra. Delarue considera.

Mas antes vamos à sinopse do filme: “Na Hollywood de 1927, o astro do cinema mudo George Valentin (Jean Dujardin) começa a temer se a chegada do cinema falado fará com que ele perca espaço e acabe caindo no esquecimento. Enquanto isso, a bela Peppy Miller (Bérénice Bejo), jovem dançarina por quem ele se sente atraído, recebe uma oportunidade e tanto para trabalhar no segmento. Será o fim de sua carreira e de uma paixão?” Fonte: Adoro Cinema.

Bom, o filme é legalzinho, não achei melhor do que A Separação (AQUI), mas tive duas opiniões sobre esse filme: 1) Uma homenagem ao cinema mudo e 2) A evolução que o cinema passou do mudo para o sonoro.

Prefiro ficar com a segunda hipótese, ou seja, o filme iria abordar o sucesso, a queda e o ressurgimento de George Valentin. O sucesso se resume ao tempo do filme – o cinema mudo está no início do seu fim e Valentin é o grande astro. Para mim, definitivamente, quem rouba todas as cenas é o cachorro. A decadência está associada à Grande Depressão (vai estudar, seu energúmeno) e, consequentemente, ao orgulho de Valentin em desprezar o cinema falado.

Durante esses dois atos, Valentin conhece Peppy Miller, cuja careira é seu oposto, ou seja, enquanto ele cai no esquecimento, ela se torna a queridinha do cinema e, como em todo filme tem que ter um amor, Peppy tenta ajudar de várias maneiras seu amado. Nesse ponto é que eu me pergunto se existe mesmo filmes com cérebro, pois os filmes acéfalos que gosto possuem, basicamente, a mesma dinâmica – um casal que movimenta a trama, um casal em que, ao menos um, está apaixonado. O ressurgimento de Valentin está relacionado ao convencimento de Peppy para que façam um filme juntos e eis que o filme é um sapateado.

Para fechar esse post com chave de lata por que ouro vou deixar para filmes mais interessantes achei uma excelente homenagem à evolução do cinema, desde o cinema mudo à febre que foi nos anos 30, o  gênero musical (sapateado).

Agora, devo dizer que achei o filme ousado, mas sem muito sentido para o público atual (afinal de contas, trata-se de um comércio) a não ser que fique classificado como “homenagem” (palavra citada várias vezes no post), até porque as pessoas que hoje assistem filmes não teriam saco e eu em certos momentos não tive para assistir um filme muito “parado”. A Sra. Delarue também achou o filme ousado, mas, por outro lado, ela prefere seguir a linha “de telespectador padrão não está acostumado a ver bons filmes” e toda aquela baboseira chata para caralho de cinéfilo que eu escuto a 5 anos.

OBS: Segundo a Sra. Delarue, o nome Valentin é uma homenagem ao maior astro do cinema mudo Rodolph Valentino.

OBS de Atualização: O Artista foi o ganhador do Oscar 2012. Não achei essa coca-cola toda, mas também não vi os concorrentes. De qualquer forma parabéns ao vencedor.

Abraços.

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