Olá, Nerds e Nerdas, tudo bom? Como foi o fim de semana de vocês?
Antes de mais nada gostaria de avisá-los que o blog anda um pouco devagar (mais do que já é) porque os membros deste blog, junto com outros blogueiros, estão elaborando um grande projeto. Então, aguardem pois uma grande novidade virá em breve.
Bom, feito o anúncio (desculpas) gostaria de falar um pouco sobre o vergonhoso Metal Open Air, suposto evento de Heavy Metal que deveria ter sido realizado no dias 20, 21(???) e 22 (???) em São Luiz - MA.
Todos sabem que o MOA foi um grande fracasso e isso se deu por vários fatores que não irei mencionar, mas confesso que, quando o festival foi anunciado, ainda em 2011, fiquei muito feliz, pois pensei que fosse a oportunidade para que o Brasil tivesse o seu próprio “Wacken Open Air”, ou seja, um festival totalmente dedicado ao heavy metal.
Gostaria de dizer, antes de mais nada, que o Rock In Rio nunca foi um festival de literalmente de rock, nem mesmo em sua primeira edição. O RIR sempre teve como objetivo ser um festival de música, o nome Rock em seu título não necessariamente está relacionado a esse estilo de música e hoje ele é apenas uma marca forte no setor do entretenimento.
O objetivo do MOA, entretanto, era claro: “O maior festival de Heavy Metal da América Latina”, mas o que ele se tornou foi “O maior fracasso de eventos do mundo”. E, como eu estava dizendo, tinha grandes esperanças que esse projeto desse certo, pois seríamos parada obrigatória na rota das bandas em suas turnês. Assim, o MOA teria, também, a oportunidade de trazer bandas que geralmente não tem muita visibilidade e consequentemente não passam por aqui, até porque são em festivais como esse que podemos conhecer novas bandas.
Agora, minha decepção com o MOA foi dupla: como metaleiro e como um profissional do séquiçu que atua na área do entretenimento (garoto de programa?).
1) Como metaleiro: repito o que escrevi acima, uma oportunidade de criar um evento dedicado exclusivamente ao heavy metal, mas que, no final, foi um grande fracasso. Minha frustação só não foi maior porque com a idade, você adquire certas precauções. Então, não fui ao evento, queria saber primeiro o resultado e, caso confirmasse seu sucesso, certamente iria no próximo e (por que não?) nos próximos.
2) Como um profissional do séquiçu: Acho inadmissível tamanho amadorismo em um evento de grande porte como o MOA. Pelas reportagens e entrevistas, notei tamanha falta de profissionalismo por parte dos organizadores e o ponto mais baixo de tudo isso foram as trocas de acusações por meio de carta aberta. Claro que o público precisava de uma satisfação, mas a forma como isso ocorreu foi no mínimo patética.
Juntando essas duas frustrações, só tenho a lamentar e perceber como realmente, no Brasil, não temos profissionais que levam projetos a sério. Não há uma programação antecipada, uma estrutura organizada, compromisso, ou seja, um mínimo de planejamento. A sensação que tive foi a de que os organizados se juntaram em um bar e papearam:
- Porra, seria foda um show de metal aqui no Brasil né?- Seria do caralho mesmo, alguém deveria fazer isso.- Pode crer!! Vamos organizar um, sei lá, Metal Open Air?- Foda!!! Ai a gente, fala com uma empresa de cerveja, liga para as bandas, vai ser foda.- Sim, não tem como não dar errado.
Se não foi assim, deve ter sido algo bem parecido, pois em meus trabalhos, tanto na graduação e, principalmente, agora na pós, eu preciso detalhar tudo, ou seja, descrever como será o processo, criar um cronologia, como capitar recursos, elaborar um planejamento de comunicação, ou seja, o básico.
E, no final, quem ficou sendo o grande prejudicado? Nós, metaleiros, pois certamente o MOA já é o maior “case” de fracasso no mundo do entretenimento e como consequência o Brasil, mais uma vez, fica manchado no mercado profissional de eventos.
Abraços.
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